quinta-feira, 13 de novembro de 2008

RARIDADES DO TIM MAIA

Pouquíssima parte da discografia de Tim Maia pode ser encontrada para comercialização.



A maior parte de sua obra se encontra fora de catálogo, por razões diversas: seus discos foram lançados por várias gravadoras, seus contratos, ora curtos ora interrompidos de maneira intempestiva, jamais permitiram boas relações entre Tim, “o maior criador de caso do meio artístico brasileiro” e as companhias.



Nos anos 1990, a Polygram, pelo selo Polydor chegou a lançar todo o catálogo disponível do cantor na extinta Série Colecionador, com capas simples e poucas informações sobre os discos, mas um processo do próprio Tim parece ter decretado vida curta aos relançamentos de sua obra, que não continham a sua aprovação, principalmente no que diz respeito aos “levados” que deveriam ser pagos a ele.

Na época, consegui comprar todos os discos que saíram e, com exceção do disco Nuvens, de 1982, tenho toda a obra fonográfica de Tim na minha coleção.



Este disco que coloco aqui é bem raro, de 1978 e traz Tim Maia cantando e tocando bateria e percussão todas as faixas; todo cantado num inglês malandro, cheio de maneirismos e suíngue, como o próprio Tim.



Para mim, um dos melhores discos dele, com canções excelentes, muito bem arranjadas e executadas por apenas três músicos da Banda Vitória Régia, além do próprio Tim : Paulinho Guitarra (guitarras), Reginaldo Francisco (Fender Rhodes, Hammond e teclados) e Carlos Simões (baixo).



Outro disco referencial de arranjo e produção de música pop brasileira é Tim Maia, de 1980. Os músicos são uma verdadeira constelação que envolve Robson Jorge & Lincoln Olivetti, Paulinho Braga (bateria) e Jamil Joanes (baixo), dentre outros.



Eu e Você, Você e Eu (Juntinhos), Não Vá, Tudo Vai Mudar e a baladaça Está Difícil Esquecer estão entre os clássicos deste álbum impecável. Receita de Tim Maia: metade “esquenta suvaco” e metade “mela-cueca”.



Complementando, além da consagrada biografia, escrita por Nelson Motta, existe um outro livro, meio lado B, escrito pelo cantor e amigo de trinta anos de Tim, o cantor Fábio, lançada também em 2007. Apesar de ser curta, 131 páginas, tem uma narrativa muito agradável e mostra a visão de alguém que esteve lado a lado em diversos momentos da louca vida de Maia – Até Parece Que Foi Sonho -. Está em catálogo em todas as livrarias.


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

OS GRILOS


Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro.



Um dos mais versáteis, talentosos e internacionais compositores brasileiros, dono de inconfundível pegada de Fender Rhodes, voz suave, pequena e doce. Existem várias maneiras de escrever sobre Marcos Valle. Poucas alcançarão a definição precisa !



Sua primeira fase, jovem de 21 anos, o primeiro disco, Samba Demais, de 1962. Vinha no rastro da bossa-nova, trazendo um frescor da brisa do mar, dos amores e sambas de verão. Encantando até aos já consagrados músicos e artistas que modelaram o gênero que hoje comemora seus 50 anos.



Obras-primas, como Eu Preciso Aprender a Ser Só, Samba de Verão, Gente, Os Grilos e Viola Enluarada foram criadas nos anos 1960, todas com o mais constante parceiro, o irmão Paulo Sérgio Valle.



Os anos setenta encontram Marcos Valle compondo trilhas para novelas e aprimorando sua música morando nos Estados Unidos, sempre perto das praias, lógico. Discos mais experimentais, como Vento-Sul, incorporam elementos de música pop que só viriam a explodir nos anos oitenta com os espetaculares álbuns Vontade de Rever Você, contendo parcerias com a banda Chicago e Estrelar, do mega hit de verão homônimo.



Uma pausa até que a Europa e o mundo descobrem sua música a partir de meados dos anos noventa. A partir do disco Nova Bossa Nova, seu estrondoso sucesso mundial o torna um dos mais respeitados músicos brasileiros, mesmo que no Brasil goze de prestígio popular modesto, fato este que não chega a ser nenhum espanto para nós, lamentavelmente.



Marcos também coleciona sucessos populares, como Tanta Solidão, gravada por Roberto Carlos e, principalmente Paixão Antiga, gigantesco sucesso de Tim Maia, nos anos oitenta.



A extrema qualidade dos seus discos, tanto em termos de pureza de timbres como em arranjos e performance de músicos, sempre me chamou a atenção.



Vale a pena conferir as belas orquestrações de Eumir Deodato, nos primeiros discos ou os irresistíveis arranjos “pop” dos anos oitenta, feitos pelos excelentes Robson Jorge & Lincoln Olivetti e seus músicos inovadores para o som da música brasileira naquele período.



A lamentar, apenas o fato de que boa parte dessa consciência de execução e criação de arranjos tenha “sumido” das mãos dos nossos músicos em detrimento, ou a uma técnica “apurada” porém pouco musical , ou as novas facilidades do “faça você mesmo”, gigantesco algoz da contemporaneidade musical.



Passeie pelos discos de Marcos Valle :



http://umquetenha.blogspot.com/search?q=Marcos+Valle



sexta-feira, 3 de outubro de 2008

MEMÓRIA VOCAL BRASILEIRA


Lúcio Ciribelli Alves (Cataguases, 28 de janeiro de 1927Rio de Janeiro, 3 de agosto de 1993) foi um cantor e compositor brasileiro.


Chauki Maddi, de nome artístico Tito Madi (Pirajuí, 18 de julho de 1929) é um cantor e compositor brasileiro.

Levando adiante a série que relembra valiosos cantores da música brasileira nos anos 1950 e 1960, trago aqui Lúcio Alves e Tito Madi.

Vozes tão marcantes quanto importantes no desenvolvimento do canto brasileiro que passou a contemplar a colocação da voz em uma canção e não somente a potência, fator este que marcou a MPB nos seus primórdios até os anos 1940, aproximadamente.

Para interpretar uma canção não seria mais necessário ter um vozeirão como Francisco Alves ou Vicente Celestino. Com um instrumento restrito, mas muito bem colocado, cantores como os barítonos Dick Farney e Lúcio Alves, abriram as portas para a entrada de João Gilberto, a Bossa Nova e tudo o mais que veio na linha evolutiva da música do Brasil, influindo diretamente no canto de nosso maior cantor: Roberto Carlos.

Destaco também a qualidade dos arranjos e gravações deste período, apesar de todo o limite de canais e recursos, em relação ao que podemos utilizar num registro nos dias de hoje. Possivelmente devemos isso ao fato dos estúdios possuírem orquestras próprias e maestros tradicionais elaborando os arranjos, além da qualidade dos microfones utilizados na captação de orquestra e voz.

Difícil dizer se os músicos eram melhores ou não. Hoje temos muito maior acesso a tudo o que se refere a este segmento; desde instrumentos até equipamentos técnicos, mas deixamos muitos quesitos qualitativos de lado e os estúdios, que hoje podem ser apenas uma minúscula sala, já raramente produzem trabalhos empolgantes em termos de sonoridade.

Muita coisa mudou, mas as maravilhosas gravações de Lúcio e Tito Madi ainda podem ser ouvidas. Existem discos deles em catálogo nas raras e boas lojas de música.

Segue um link de um site onde podem ser encontrados importantes discos deixados por eles. Lembro, para finalizar, que Tito Madi ainda está vivo e lançou há poucos anos o álbum Ilhas Cristais.


http://loronix.blogspot.com/

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Roberto Carlos & Caetano Veloso


Muitos teimam em dizer o contrário, talvez por pura teimosia ou até por absoluta falta de assunto, porém, após assistir pela TV trechos do show de Roberto Carlos e Caetano Veloso interpretando canções de Tom Jobim, o maior compositor brasileiro de todos os tempos, a verdade é uma só : Roberto continua esbanjando classe e elegância nos seus 67 anos de idade.



Caetano trafega bem no campo das idéias, é ótimo compositor, além de sensível intérprete. Deve ser muito mais “gente boa” do que os malas que ficam idolatrando-no teimam em pintá-lo. Foi muito bem no show, embora, como parte de uma geração de artistas baianos que merecem comentário, parece viver eternamente numa sombra intimidadora de João Gilberto.



Roberto não. Apesar de ter começado sua carreira com um clone inesperado de João, absorveu a influência, transcendeu o ídolo, fundiu com elementos de sua personalidade, quase tão mitológica quanto e se estabeleceu, único.



Ainda hoje, quarenta e três anos após o marco inicial de sua carreira, o “rei”, o maior artista popular brasileiro de todos os tempos, permanece no topo.



Apesar de Caetano ter visitado outras vezes o repertório de Tom, desta vez parece que Roberto “viveu” as canções de maneira mais profunda. A bordo de sua extraordinária e habitual interpretação, mergulhou fundo em Dick Farney e, certamente, Tito Madi e acrescentou muitas às maravilhosas músicas de Jobim.



A gloriosa “Tereza da Praia”, imortalizada pelo dueto Dick Farney & Lúcio Alves, foi um momento emocionante demais; alegre, competente, inesquecível como a própria música de Jobim e Billy Blanco.



Existe uma linha fina que conduz a música; algo, como disse Johnny Alf e que dispensa (transcende) explicações :



“Os arautos da arte são intermediários de mensagens vindas do Cosmo.”



quarta-feira, 17 de setembro de 2008

DICK FARNEY E SÉRGIO RICARDO


Dick Farney, nome artístico de Farnésio Dutra e Silva (14 de novembro de 19214 de agosto de 1987) foi um cantor e pianista brasileiro.

Sérgio Ricardo, nome artístico de João Lutfi, (Marília, 18 de junho de 1932) é um cantor, cineasta e compositor brasileiro.

Existe muito a ser pesquisado e falado sobre estas figuras excelentes da nossa música popular.

Obviamente que os meios de comunicação de massa, comprometido demais com "celebridades" e factóides não farão isso, mas com a liberdade de pensar e buscar caminhos podemos ter acesso a suas obras.

Conheço os dois desde que tinha uns 12 anos de idade, pois minha mãe sempre falava neles ( e em outros grandes artistas também) e me interessei pela musicalidade de suas obras.

Dick é um precursor do movimento musical que desaguaria na bossa nova, com seu estilo elegante de cantar. Voz de barítono, grandes arranjos orquestrais, piano contido muito bem executado por ele mesmo, que também tinha seu trio de jazz e lotava casas de espetáculo pelo mundo afora. Um dos primeiros grandes artistas brasileiros a ter fama mundial, com turnês ao lado de Frank Sinatra, Sammy Davis Jr., Dave Brubeck, entre outros.

Sérgio Ricardo pertence á facção "esquerda" da bossa nova. Harmonicamente sofisticado mas muito mais voltado a temas sociais e políticos, preferência esta que lhe custou anos de exílio forçado em seu próprio país, censura e afastamento da mídia.

Dick Farney faleceu aos 66 anos, em São Paulo, ainda fazendo apresentações, para públicos menores, porém com grande qualidade musical, como mostra o registro do seu último show gravado em disco, no Inverno & Verão, em 1986. Uma canção de um de seus últimos discos, Feliz de Amor, de 1983, traz um retrato cantado da cidade de São Paulo nos anos oitenta:

"Na cordilheira da Paulista/O relógio do Itaú me diz/Que eu estou a 15 graus/De ser feliz..." Só quem passava por aqui neste período pode entender a elegância mágica destes versos.

Alguns de seus excepcionais registros podem ser conferidos neste link:

http://loronix.blogspot.com/search?q=Dick+Farney

Sérgio acaba de lançar o disco Ponto de Partida (capa na ilustração do post), depois de mais de vinte anos afastado da indústria musical. Que triste prejuízo para o povo brasileiro ! Mais uma vergonha para a nossa coleção.

Sua música não é óbvia; nem por isso é complexa. Elaborada, sim. Seus temas são o amor, a vida social, os fatos e personagens populares. Suas canções são cinematográficas, pois Sérgio também é cineasta.

Neste disco temos novas versões para composições consagradas e outras (ótimas) inéditas, como a ecológica Cacumbu e Dulce Negra. Obras inesquecíveis como Barravento, Enquanto A Tristeza Não Vem, Beira do Cais, Ponto de Partida e Deus e o Diabo Na Terra do Sol, do filme de Gláuber Rocha. É um banho de cultura e música popular de primeirérrima qualidade.

Confira no site:

http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_produto_cada.php?id=391

Poderoso antídoto contra "seus jorges", "fresnos", "klbs", "axés" e congêneres...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

JERRY GARCIA BAND



SEÑOR (TALES OF YANKEE POWER)/SENHOR (CONTOS DO PODER “YANKEE”)

“...Señor, señor, let's disconnect these cables,
Overturn these tables.
This place don't make sense to me no more.
Can you tell me what we're waiting for, señor?”
(Bob Dylan)

Senhor, senhor, vamos desconectar os cabos

Derrubar as mesas

Este lugar não faz mais sentido para mim

Você pode dizer o que estamos esperando, senhor ?


Esta canção de Bob Dylan, encontrada no álbum Street Legal, de 1978 e que tem, para alguns, a versão definitiva no disco da Jerry Garcia Band Live, de 1990, pode ser entendida de várias formas.



Pode tratar de escravidão, tratar da maneira como os sulistas dos EUA se referiam aos habitantes do norte, durante a Guerra Civil Americana, falar de algum tipo de invasão e subjugo, pode ser um desabafo diante de Deus numa situação limite; a poesia complexa de Dylan sempre foi muito ampla para ser compreendida e analisada de maneira simplista.



Os versos finais da música, que abrem este post, são avassaladores. As imagens difusas da letra criam um emaranhado de idéias e sensações que culminam neste pensamento síntese – desconectar os cabos (laços), derrubar as mesas pois este lugar (mundo que vivemos ?) não faz mais sentido para mim. Estamos esperando o quê ? (da vida, da existência, de Deus ? )-



Ou : o que estamos fazendo com a nossa herança Divina ? Até quando vamos esperar e, exatamente, pelo quê ? Vamos agir ou “o que” ?



O disco tratado neste post é um dos mais intensos e contundentes que ouvi em toda a vida !



Poderoso antídoto contra a indústria musical mentirosa de “dubladores” como Madonna (até gosto de algumas coisas dela...), Britney Spears, “farsas”, como Amy Winenhouse, “aberrações” como as bandas emo e todos os clones dos supra-citados afins, neste álbum não há overdubs (regravações e correções de estúdio), cenários mirabolantes, painéis de led de alta definição, etc...etc...etc...



Músicas com temas profundos, sérios, amorosos e espirituais convivem com improvisos longos e soltos, harmoniosos e inspirados. Nada está pré-gravado em pro-tools - programa de computador para gravação, o substituto moderno e mais sofisticado do “Play-back”-, ou sequencers; os músicos, conduzidos pela guitarra lancinante e hábil de Jerry se integram na música. Não há nenhum bobo-aparecido-carente-monopolizador-medroso-bundão querendo roubar a cena, pois a música é maior do que o músico, a canção é mais do que o compositor, assim como Deus é mais do que tudo e nenhum ser humano é mais do que outro ou nenhum homem é, foi ou será maior do que Jesus.



Amei este disco, pois a todo instante cresce a imagem da honestidade e da dedicação.



Jerry Garcia morreu em 1995, num centro de reabilitação para viciados, aos 53 anos de uma vida intensa. Sua voz é suave, profunda, sofrida mas em nenhum momento este show transmite algo que seja denso, pesado diante das constatações dos fatos da vida. Há louvores gospel, canções de Dylan (da fase Blood On The Tracks), soul da Motown, Beatles e blues de arrepiar para esquecermos os infantis “bluesinhos” tocados nos barzinhos brasileiros.



Selecionei algumas faixas do disco- no link final - e recomendo o DVD Jerry Garcia Band- Live At Shoreline- 9/1/1990 (capa do post), coisa de 18 anos atrás, para quem está interessado em algo nada manjado e bem diferente da miséria a que fomos obrigados a nos acostumar após o surgimento das gerações pós MTV, e de todo o entorno calhorda que isto, de mídia e entretenimento, se constitui.



Tentando atravessar os meus desertos e também em meio a dias de paz e alegria familiar, desejo só falar sobre música novamente.



Toda a minha gratidão a quem se dispôs a investir um tempinho especial lendo estas linhas...






quarta-feira, 20 de agosto de 2008

" O BRASIL É A TURMA DO DIDI ! "

O genial amigo Nelson, autor de frases realistas, objetivas e espetaculares, sem papo furado e com muita ação !

Nosso país segue cambaleante. Não há nada que indique o fim do desastre ético, cultural, social, político, esportivo etc...etc...



Digam: o que funciona satisfatoriamente no Brasil ?



O reflexo da mediocridade ética de todos nós é estampado todos os dias na nossa cara, em forma de corrupção, tráfico, pirataria, prostituição, ignorância e mentira. E muitos de nós fazemos de conta que o problema está na casa ao lado; que não há problema em estacionar no local proibido intencionalmente, que é normal a extorsão do dinheiro através de impostos achacantes e o desvio do erário público para cometer crimes de toda ordem e que o bem estar do outro termina no momento que meu ego gigante decidir que o “outro” tem mais é que se "fuder"...



Onde foi parar o “amar o próximo como a ti mesmo”, comandado pelo Homem que muitos “seguem”, como imbecis ignorantes, desconhecedores do fato de que este referido Homem (o Cristo) jamais falou sobre religião alguma e sim para cada ser humano individualmente ? De nada adianta ladainhas, “rezas”, rituais e orações se não existir a consciência do papel de cada um de nós no planeta, na vida e na relação com os outros.



Já cansei de ver coisas erradas prevalecerem sobre as justas, picaretas ocuparem lugar de trabalhadores honestos e dedicados (que vão se tornando a minoria nessa imensa república de enganadores), milionários fúteis e hipócritas enriquecerem através do trabalho e sacrifício dos miseráveis, políticos “porcos” (que me perdoem os pobres animais por usarem seu nome justo nessa comparação) nos enganando e metendo a mão no nosso bolso e dignidade. Será que como sociedade não conseguimos algo melhor do que temos feito ?



Somos todos contra o tráfico de drogas, porém muitos de nós consumimos drogas em nossa casa; somos combatentes ferozes contra a pedofilia mas incentivamos o desfile de bundas e xoxotas todos os dias em nossa televisão, aplaudindo “sucessos” canalhas exaltadores da pornografia, promiscuidade e estupidez, invadindo a infância de nossas crianças. Queremos um mundo melhor e fazemos qualquer coisa por dinheiro.



Parece que este é o país ( ou mundo ) que meu filho receberá para viver e eu, o pai, não sei o que posso fazer para não deixar para ele esse gosto amargo, desse desfile tenebroso que invade nossos sentidos todos os dias.



Para suavizar, vou utilizar mais uma sábia frase do amigo Nelson. Com o perdão aos envolvidos no bordão:



“O Brasil é a Turma do Didi ! ”. Coloquemos logo o Didi no comando e seja o que Deus quiser. E Ele quer...que sigamos para Ele...irônico Propósito este...



sábado, 16 de agosto de 2008

DORIVAL...


Como compositor brasileiro, não posso deixar de reverenciar Dorival Caymmi.

Sua música chegou aos meus ouvidos, ainda menino, através da recomendação de minha mãe.

Não era muito fácil encontrar vinis de Dorival naquela época...lembro que em 1984 foi lançado um belíssimo álbum duplo, comemorativo aos 70 anos de idade do músico baiano; um maravilhoso show gravado ao vivo, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Foi o primeiro dele que comprei. Ainda hoje tenho esta versão, embora já o tenha em CD também.

Dez anos depois, em 1994, numa dessas aventuras da música, estava eu no Estúdio Mosh, em São Paulo, cantando e gravando com Rita Lee a música O Que É Que A Baiana Tem ? -(para download no link ao final do post)-, no CD comemorativo aos 80 anos de Caymmi. Esta música foi um dos primeiros sucessos estrondosos do compositor, que ganhou o mundo na versão de Carmem Miranda.

O dia de gravação foi inesquecível. Muita diversão e música de primeira qualidade com a família Caymmi presente. Danilo, que toca flauta e percussão nesta versão da música, dava dicas de como dividir as sílabas na melodia e ensinava a melhor maneira de pronunciá-las. Para mim, cantar a palavra "balangandãs" nunca mais foi a mesma coisa...

94 anos são um longo tempo. Caymmi foi especialista em crônicas simples, melodias perfeitas e harmonias únicas e sofisticadas.

Lembremos com amor de uma época em que um compositor tinha a integridade de cantar: " Pobre de quem acredita/Na glória e no dinheiro para ser feliz..." (Saudade da Bahia)

Minha sincera homenagem a um dos maiores compositores e músicos brasileiros.



http://rapidshare.com/files/137769001/O_Que___Que_a_Baiana_Tem_.mp3.html

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

AMOR...REINE SOBRE NÓS...

guga, marcello, nelson, bruno, aden, daniel, nanci, ale, silvana e clóvis (faltou o mauro e o maurílio que tirou a foto)

Quem dera vivêssemos um tempo (pura utopia !) onde todas as pessoas fossem valorizadas pelo seu talento, pela sua dedicação, por suas habilidades inatas desenvolvidas com suor; coroadas por um honesto sistema de distribuição de rendas e oportunidades...



Onde amigos pudessem se relacionar sem interesses, onde o poder fosse uma maneira de facilitar a ajuda, dos que podem para os que necessitam. Onde a mentira servisse apenas para ilustrar o caminho por onde jamais deveríamos andar.



Talvez esse “tempo” aconteça em alguma dimensão distante da nossa compreensão humana e conviver com todo o oposto do que descrevi nos dois primeiros parágrafos seja a nossa chave para atingir essa dimensão desconhecida por nós...sei lá...como diz o peão do “Pantanal” !



Agradeço aos meus amigos por participarem comigo de um momento único e que, espero eu, se repitam muitas vezes, cada vez com uma cara diferente. Talentos como os de vocês (nossos, por que não ?) não devem ficar guardados.



Mesmo que as dimensões de “sucesso” que a maioria das pessoas consegue enxergar sejam, por vezes, ásperas conosco, existe uma luz interior, uma chama, uma qualidade de ouro nos conduzindo sobre tudo o que o mundo material nos oferece de obstáculo !



Nós só não podemos parar !!!


sábado, 9 de agosto de 2008

ANTÍDOTO "ANTI"-AMY WINEHOUSE

Para quem não tem mais nenhuma paciência para as imposturas de assessoria de imprensa, falta de conteúdo e espírito de diluição de Amy Winehouse & Corporation, faço aqui uma recomendação :


Conheçam Duffy e seu álbum Rockferry !


Duffy é o oposto ! Branquinha (não que a raça de cada um faça algum tipo de diferença...), parece clean, não aparece toda hora em qualquer noticiário escandaloso, parece estruturada e disposta a cantar e gravar discos por longos anos.


Posso até estar enganado, mas faço essa aposta, pois adorei a qualidade musical e a sonoridade de suas canções.


Também constatei/confirmei que mesmo com a “empurração” de uma safra de cantoras brasileiras, tidas pelas assessorias de imprensa e marqueteiros como geniais, nada surgiu de novo e interessante desde Marisa Monte. E mais do que isso : Nara Leão continua inabalável em sua posição de “a maior de todas”.


Conheci Duffy através da recomendação de meu grande amigo Alexandre (amizade de 32 anos !!), que aliás não costuma falhar nas sugestões.


Sem mais delongas, passo o site da cantora e o link para download do CD, sugerindo aos apreciadores do mesmo, adquirirem-no, enquanto ainda temos a oportunidade de, mesmo com preços abusivos, comprar CDs.



http://www.iamduffy.com/index2.html




http://rs34.rapidshare.com/files/95488825/d_u_f_f_y_pre.rar

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

CHEGA DE "CELEBRIDADES"


Vidro de pickles do meu pai, mais interessante do que qualquer celebridade!!!


Existe coisa mais chata do que esse culto ególatra, imbecil, fútil e armado de classificar pessoas como celebridades ?


Creio que já está mais do que na hora das pessoas acordarem para o fato de que a mídia, de um modo geral, se vale de plantadores de notícias, marqueteiros, compradores de espaço e negociantes de imagem para estabelecer sua iconoclastia, cada vez mais pobre, vulgar e desprovida de qualquer tipo de conteúdo.


A notícia “atraente” ou é o sensacionalismo escancarado do mundo cão ou as fofoquinhas tolas do mundo dos “famosos”; suas babaquices, mansões, carrões, casos amorosos e vexames cuidadosamente preparados por suas assessorias. Além das barbaridades dos poderes executivo, legislativo e judiciário e das falcatruas do governo Lula que têm feito “larápios clássicos” do passado, como Paulo Maluf ou Celso Pitta, parecerem ladrões de galinha.


O mais triste de tudo isso é que essa falta de qualidade e conteúdo encontra eco na população brasileira, pois parece muito mais divertido acompanhar a vida alheia do que cuidar da nossa realidade.


As celebridades são falsas, estão pouco se lixando para tudo, são alienadas e enganadoras. Só buscam se valer de suas condições “superiores” para continuar defendendo o "seu".


Você já sabia que alguns dos seus cantores preferidos não cantam uma nota sequer em shows ? Ou sabia que milhares de profissionais são contratados, a peso de ouro, para manter esta ou aquela “celebridade” em visibilidade o tempo todo ? Não interessa o conteúdo ou assunto. Se não tiver, eles inventam.


Há muito tempo, talento, caráter e conteúdo deixaram de ser requisitos. Se é para aparecer ,alguns trocados já fazem a diferença.


Para mim, todos os seres humanos são iguais em seus potenciais construtivos e destrutivos. Merecem o mesmo destaque, de acordo com os méritos de suas ações, em qualquer área que for.


Celebridade só existe uma: Jesus Cristo, ou Jesus, o Cristo como queiram. Sem fanatismo, sem empurração, sem religião, sem modelos e nem dogmas...o resto somos todos nós, uns mais conscientes outros menos, da nossa miserável ou promissora realidade.


Acordar é preciso !!!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

ADEN SANTOS & AMIGOS I

Eu, a Telecaster do Ale e o Ale. Convidados do show !

No próximo dia 09 de agosto, as 19:30 pretendo realizar um pequeno sonho, mas grandioso no aspecto simbólico.

Decidi ouvir os discos que gravei na vida e, embora faltos de reconhecimento público, todos contém músicas muito significativas. Elas traçam um panorama histórico, desde 1993 até 2007 e mostram diversas fases, sonoras e temáticas: dos amores difíceis do pós-adolescência, passando pelas imponderáveis observações da existência e chegando até aos impactos da transcendência, a busca das razões de estarmos aqui...

Enfim, tudo costurado com graça e com música. Com influências que mapearam o caminho, parceiros, músicos e, acima de tudo, amigos.

Sim, porque jamais toquei um acorde só que fosse somente movido pelo dinheiro ou necessidade de sobrevivência. Embora eu goste e precise dele, jamais pensei em aproveitar meu dom para lucrar com facilidade. Muito pelo contrário, tudo o que ganhei e ganho a serviço da música sempre foi a custa de trabalho, dedicação e jamais teria sido possível sem o apoio dos meus pais.

Os convidados estão sendo contatados, as músicas distribuídas e assim mesmo, sem muito ensaio, mas com muito planejamento prévio, se dará o evento.

Providenciais férias do meu trabalho principal, mesmo que somente por 12 dias, já ajudarão a preparar os detalhes da produção, desde os filmes introdutórios até o ajuste e preparação do som.

Por pouco mais de uma hora, apresentarei 13 músicas que estão afetivamente presentes nessa história e neste momento, formando uma espécie de retrospectiva visando o futuro.

Desejo ter a sensação dos tempos em que a música era feita com amor e que buscava alcançar a platéia, não somente no bolso, mas no coração. E, dessa vez, Vitor, um ilustre espectador, ainda na barriga da mãe poderá "ver" o pai fazendo aquilo que mais gosta : reunir amigos para tocar !

Até o dia volto com mais novidades !!!

Desejo que se sintam emotivamente tocados para honrar-me com suas presenças e ajudar a fazer a noite.

Um abraço !

Local: Thélos ACC
Rua Ximbó, 165 – Aclimação – SP
Horário : 19 e 30

terça-feira, 8 de julho de 2008

TOCANDO A BOIADA...


Devo admitir que ando um tanto sem assunto nos últimos tempos, razão pela qual tenho escrito pouco neste blog.

Não significa que esteja em repouso. Muito pelo contrário. Os últimos três meses foram de intensas viagens a lugares tão díspares quanto pitorescos. Um dia em Piracaia (SP), outro em Lagoa dos Patos(MG), e mais outros tantos em Sobral, Cascavel (maravilhosa) e Tamboril, todos no Ceará, que amo mais cada vez que por lá passo...

O pouco tempo que resta é para cuidar da vida, da família (se bem que é a minha família que cuida de mim...), estudar harmonias de Tom e Burt Bacharach para o show da Silvana Stiévano, dia 19 (julho) e depois (ou meio que durante) preparar minha festiva apresentação de retorno, no dia 09 de agosto. O que vai acontecer está levemente rascunhado na minha cabeça, mas como isso vai ocorrer, ainda é um enigma que pertence somente ao Criador.

Fora isso, péssimas notícias do Brasil. Inflação, violência, corrupção, dissimulação e mortes assoladoras. Engraçado que nosso regime passou da Democracia Utópica para a Esculhambação Dissimulada, onde tudo é possível e permitido. Paraíso de desonestidade e relaxo, numa nação geograficamente privilegiada. Como é bonito este país.

Um grande momento da estrada foi encontrar Sérgio Reis, em Nova Venécia-ES.


Sérgio me fez lembrar daqueles artistas, em extinção, que são simples, humanos e respeitam carinhosamente as pessoas pelos lugares onde passam. Sempre com um sorriso, um abraço e um cumprimento afável a todos que se aproximam. Desprovido de seguranças, de esqueminhas para aparecer, de antipatia calculada, mas sempre, com seu talento de mais de 40 anos de carreira, segue tocando em frente, como diz a música, pelos caminhos da estrada !

É para este Brasil que mando aqui um caloroso abraço !

quinta-feira, 19 de junho de 2008

DESORDEM E BARBÁRIE...




Tantas palavras e promessas vãs, jogadas fora todos os dias. Quantos anos (508 ?) de histórias de abuso, extermínio, dominação, subjugação e barbárie social ?

Anos e anos de falta de visão e observação coletiva. A cada dia que passa, o botão sinistro do “foda-se” é acionado incontáveis vezes; e não adianta mais apontar o dedo : é o quintal da nossa casa que está sujo, entulhado e repulsivamente cheio. Não dá para fugir das responsabilidades, pois nossas autoridades e representantes legais são o nosso reflexo. Fazem “por cima” o que fazemos no nosso dia-a-dia, vorazes amantes do dinheiro e do umbigo próprio que somos. Não há classe política, ou qualquer uma que seja, separada do contexto da sociedade, como um todo.

Não há traficante se não há usuário, não há corrupto se não há corruptor, e assim vai...

A arte brasileira morreu, a cultura e educação sucumbiram ainda jovens. A justiça, esta sempre esteve a serviço dos endinheirados, dos mandantes, do Estado devorador e dos “espertalhões”. Prendemos o ladrão de galinha e deixamos viver livres os criminosos de colarinho branco, cinza, marrom, preto...

Nosso futebol é medíocre, nossos “artistas” (ou “aquilo” que a mídia empurra a toda hora) são uma farsa. Alguns nem cantam de verdade, outros fingem que estão levando a sério uma carreira pobre e ególatra...outros descansam forçosamente na sombra do ostracismo e da falta de espaço, dinheiro e influências para se estabelecer (ou manter).

A realidade é cruel: somos roubados, enganados, assaltados, assassinados na cara dura e só nos resta contemplar, nos prepararmos para votar nas mesmas pessoas outras vez e continuar reclamando, pois é mais duro detectar que a falta de ética, caráter, respeito e educação jaz no quintal fétido da nossa casa.

Triste nação sem perspectiva. Salve-se quem puder, porém alegrai-nos e tenhamos bom ânimo, pois é neste "puteiro" que nossos filhos serão criados.

“Eu queria falar de alegria ao invés de tristeza mas não sou capaz...eu queria ser civilizado como os animais” ( Roberto e Erasmo, O Progresso, 1976)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

THE RHYTHM REMAINS THE SAME


O reggae, a partir do início dos anos setenta, influenciou muito a música brasileira.

As primordias gravações com pitadas do estilo jamaicano realizadas pelos nossos artistas; Caetano Veloso, no álbum Transa, de 1972, gravado ainda no exílio, tem na faixa Nine Out Of Ten a primeira utilização da palavra “reggae” numa canção brasileira, embora a música seja composta em híbrido “portunglês” e tenha uma introdução mais puxada para o ska, e Paulo Diniz, na faixa Bahia Comigo são sementes neste rico universo sonoro espiritual que veio trazer muitas novidades para toda uma geração de músicos e compositores, o qual não será o objetivo deste post, mas sobre o qual tenho vasto material a ser, oportunamente, visitado.

O objetivo aqui é simplesmente trazer um disco novo (2007) de uma das maiores duplas de bateria e baixo da história : Sly & Robbie.

Juntos desde 1974, eles foram alguns dos responsáveis pela difusão do reggae como um estilo mundial, alterando um pouco a batida básica do estilo (embora também sejam mestres em executá-la) e acrescentando um “peso” na condução rítmica dos grooves.

Pode-se dizer que são os “pais” do estilo “rockers” e fundamentais para artistas como Dennis Brown, Gregory Isaacs, Junior Murvin, Peter Tosh e, principalmente, Black Uhuru, o qual integraram e produziram até meados dos anos oitenta.

Tornaram-se referência. Produziram inumeráveis discos e atuaram ao lado de nomes como : Joe Cocker (álbum Sheffiel Steel), Carly Simon (com a qual celebrizaram uma inesquecível versão de Is This Love, no disco Hello, Big Man), Bob Dylan (no disco Infidels ) e Rolling Stones (em Dirty Work) para citar alguns apenas.

O álbum em questão é The Rhythm Remains The Same- Sly & Robbie Greets Led Zeppelin, onde os Riddim Twins visitam o repertório de uma das maiores bandas de hard rock de todos os tempos – Led Zeppelin-

Óbvio que os originais são incomparáveis, mas este disco traz versões totalmente inusitadas de alguns clássicos do Zeppelin, sem cair nas faixas tão manjadas. Estão aqui a soturna In The Evening, numa ótima versão, irreconhecível, No Quarter com sua bela melodia, Going To California (baixo arrasador !) e Rain Song, com ótimos violões, embora com timbres um pouco artificiais, assim como o de algumas guitarras, que, aliás nunca forem o forte de suas produções...mas desta vez até que soam bem.

É música para curtir e se divertir, com o baixo gordo e incomparável de Robbie Shakespeare e toda a “lisura” e “insanidade” de Sly Dunbar com a bateria, seus beats e loops únicos. Ótimos vocalistas trazem desenhos criativos para as melodias de Plant e fazem do disco um tributo diferente, onde não se tenta reproduzir a obra magistral do homenageado e sim criar livre e alegremente sobre um material que não necessita de explicações.

Agora que fizeram do reggae feito no Brasil um mix de "baixo e bateria frouxo com violinhas tchacaraca de luau", versando sobre coisas que nem os compositores entendem, temos a oportunidade de ouvir o que dois mestres da música jamaicana fazem para se divertir, sem o saudosismo (ou oportunismo ?) dos implantadores da máxima babaca de que “só o reggae roots é que é bom”.

Pode ouvir sem susto, é pop da melhor qualidade !!!
O disco não saiu no Brasil, tive que importar o meu, mas segue um link com o álbum todo em mp3, com ótima qualidade.

terça-feira, 3 de junho de 2008

66 ANOS, COM AMOR !!!

01/06/08 - Mãe, eu, pai (+Regina que tirou a foto...)

A maravilhosa sensação de “lar” no almoço comemorativo dos 66 anos de meu pai, Ezaú !

Não tenho como expressar em palavras a alegria de ser seu filho, mas posso afirmar que se como pai eu conseguir ser 5% do que ele é para mim, meu filho terá um pai sensacional.

Não vai ser fácil, não...por isso peço que você também venha para “brincar de vovô com meu filho...”, como está escrito na canção do Fábio Jr.

Com amor !!!!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

FORTALEZA, TE LEVO EM MEU CORAÇÃO...

vista panorâmica sobre a praia de Morro Branco, praia de falésias e areias coloridas.

O mais maravilhoso do Brasil está na sua beleza natural, nas características que fazem cada lugar ser único e reconhecível por isso.

O Ceará é um estado ímpar dentro do país. Precisa ser conhecido. E ponto.

Tanto sua capital, Fortaleza, cidade de beleza e hospitalidade inigualáveis –porém esteja atento aos vendedores ambulantes, ou eles te arrancarão a pele-, como todas as pequenas cidades próximas, como Beberibe e suas praias paradisíacas (Morro Branco, Praia das Fontes), para não citar muitas. Ah, não esquecer jamais de Canoa Quebrada; lá você tem a sensação de estar o tempo todo num cenário de filme.

Desejo retornar sempre que possível, óbvio que não a trabalho, pois a coisa menos agradável que podemos fazer num lugar como este é ter que trabalhar. Afinal de contas, se trabalhar fosse bom não seria obrigatório...

Tenho motivos diversos para estar desestimulado com meu trabalho atual, mas isto não vem ao caso, desta vez.

Neste momento desejo apenas recomendar a todos que, assim que puderem, conheçam ou voltem a Fortaleza para saborear uma cajuína gelada, escolher um dos cinqüenta sabores de sorvete da 50 Sabores, pegar uma cor linda e saudável, experimentar o quilo de camarão fresco frito na hora, ao lado do mercado dos pescadores, no Mucuripe - e entender o porquê da beleza da música de Fagner e Belchior-, gastar um dinheiro bom com os artefatos da feirinha de artesanato, conhecer o chifre do governador, comer castanha de caju e saborear o glorioso licor afrodisíaco de jenipapo, iguaria celebrizada e apreciada pelo inesquecível Odorico Paraguaçu em suas libidinosas jenipapanças.

Com sorte, dá até para encontrar Raimundo (Fagner) na Praia das Fontes tomando uma cachacinha com os pescadores.


E claro, ótima oportunidade para, estando muito bem acompanhado, namorar um pouco e ficar longe de todas as imbecilidades que teimam em tornar nossa vida menos agradável.

Saudade de São Paulo ? Huuuummm, deu não...



sexta-feira, 16 de maio de 2008

SAINDO DE FÉRIAS...


Companheiros de um trabalho árduo e solitário...mas recompensador !



Enquanto na República Tabajara do Brasil tudo segue como sempre seguiu, aproveito um período para tirar umas férias da inóspita capital paulista, que amamos e odiamos em proporções sem medida.

O período também é bom para estudar música, aprender e relembrar repertórios para a temporada do segundo semestre que, com a Graça Suprema do Mestre, promete, no mínimo, movimento e novidades.

É com alegria e dedicação que mergulho em harmonias e melodias belas de Burt Bacharach e Antonio Carlos Jobim e visito parte de todo o meu repertório para retornar, e espero não mais recuar, atividade de me apresentar ao vivo; seja acompanhando trabalhos tão especiais como da amiga Silvana Stiévano como mostrando minhas canções, desde o início até hoje, junto de músicas de compositores maravilhosos que sempre escreveram canções que eu desejaria ter escrito.

Aguardo o fim da “hibernação” da minha banda principal, o Vertical Bonanza, juntando amigos para tocar nos eventos Aden Santos & Amigos.

Ao retornar da bela cidade do sol, Fortaleza, espero trazer novos ares para nossa destruída cidade “sem ar”...

Um abraço a todos !!!