quinta-feira, 26 de agosto de 2010

VELA ABERTA


Chega ao CD, finalmente, numa edição remasterizada, o disco Vela Aberta, de Walter Franco, lançado em 1980. A edição em digipack tem o selo da Livraria Cultura, que relançou mais alguns álbuns clássicos da MPB, um encarte adaptado do LP original e um precinho um pouco salgado, R$ 29,60, mas que se justifica por trazer um trabalho de tanta qualidade artística, apesar de não conter faixas extras.

O disco veio após a repercussão do rock Canalha, no Festival da Canção da TV Tupi, de 1979, não estranhamente, vaiado durante a apresentação.

Talvez pelo rock não ser ainda, apesar da Jovem Guarda e do surgimento de diversas bandas inspiradas no estilo, um estilo tão popularmente difundido com a MPB da época, como se tornaria alguns anos depois. Ou talvez pela dificuldade de assimilação de certas propostas artísticas, persistente e agravada até os dias de hoje, com o constante crescimento do “entretenimento de massa de gosto amplamente duvidoso”.

Vela Aberta sempre soou para mim como um disco extremamente melódico, com letras poeticamente simples e belas. Walter Franco é um artista único: sofisticademente simples, simplesmente sofisticado. Não há explicação, não há rótulo para sua música. Há apenas o entregar-se à experiência da audição.

É a Vela Aberta que irmana os homens, elimina fronteiras e nos leva além. É um grito dilacerante, outrora associado aos anos de chumbo da luta estúpida entre direita & esquerda, lutando, cada um a seu modo, pela conquista do poder. Muitos que sofreram foram para a vala. Restaram famílias entristecidas, injustiçadas e os oportunistas profissionais que hoje colhem o fruto de mortes que poderiam ser evitadas. O grito de Canalha hoje se amplifica por uma sociedade que permite tudo pelo seu próprio benefício ególatra. O inimigo dilui-se...

Walter fala sobre a Divindade da forma que ela mais pode ser sentida; de dentro de nós. A Divindade que bate no peito, não a que anda por altares, púlpitos, palácios e programas mixurucas de TV.

Em poemas curtos, Walter fala o Tudo e o Nada. Profundo como quem sabe que o blues é azul.

Lindos arranjos,entre toques de reggae, rock e a influência Beatles, no arranjo de Tire Os Pés do Chão. Realmente para 1980, soava pop demais no contexto emepebístico da canção brasileira.

Um disco essencial que pode ser adquirido no site da Livraria Cultura:


http://tinyurl.com/37juyrf

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MU #19

O cantor Paul Carrack, pouco divulgado no Brasil...



O que me motiva a realizar este programa é uma incógnita.

Possivelmente meu amor à música como forma legítima de expressão. Algo que tanto me deixa pleno quanto me esvazia, de acordo com a qualidade e intensidade da experiencia vivida.

Talvez o retorno pessoal de algumas pessoas que me escrevem, descrevendo bons momentos que tiveram ouvindo o programa ou entendendo a razão de sua proposta.

Por enquanto, algo me pede para fazer. Então, eu faço...


SET LIST

  • 1. Canteiros – Raimundo Fagner (sob poema de Cecília Meireles)
  • 2. Harvest For The World – Paul Carrack
  • 3. Pride (In The Name Of Love)- U2
  • 4. Maneira Simples- Almir Sater
  • 5. O Dia do Criador- Walter Franco
  • 6. Infinita Luz- Aden Santos
  • 7. The Divine- Glenn Hughes

BG´S

Me Leve – Raimundo Fagner

Canalha- Walter Franco

Keep On Moving- Glenn Hughes



O MU# 19 fala sobre unidade, simplicidade, amor e experiências com o Sagrado, o Divino.

Na ótica dos mais diversos compositores e estilos musicais, cria-se a Melodia Universal que irá

“Produzir vibrações rotações girassóis
danças saltos gravitações
Inventar novas metas e setas que vão
disparar novos corações.” (João Bosco/ Antônio Cícero / Waly Salomão)

Link :

http://tinyurl.com/38o889a


terça-feira, 10 de agosto de 2010

MU #18


Devido a questões estruturais, não há locuções neste programa. Para manter meu compromisso de entregar um programa a cada 15 dias, optei por fazer desta forma.

Neste programa, trago sugestões de amigos-ouvintes e algumas músicas, cujo tema e maneira de elaboração, chamam a atenção a respeito das possibilidades de se escrever músicas abordando questões existenciais e observações da vida, com objetividade, inteligência e muita sensibilidade.

Destaque para Almir Sater e suas refinadas composições. Obra direta do meu grande amigo Vitor, que me enviou a música No Rastro da Lua Cheia e me despertou o interesse por diversos discos deste extraordinário músico brasileiro.

SET LIST

1. 7 Sinais – Almir Sater

2. Eyes On The Prize- Bruce Springsteen

HORA DA AUDIÊNCIA

Pain Lives ON The Riverside-Live (Welson Marinho)

No Rastro da Lua Cheia-Almir Sater (Vitor Furlan)

Tocando Em Frente – Sérgio Reis (Cláudio Campos)

6.Como Uma Onda – Lulu Santos

7.Sailing-Christopher Cross

8.Too Many Angles-Jackson Browne

9.Still Haven´t Found What I´m Looking For-U2



Para ouvir : http://tinyurl.com/25cp653