segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MU # 10 BYE BYE 2011

Todo final de ano é a mesma coisa: intensifica-se a busca pela felicidade visível. Filas e congestionamentos intermináveis, repletos de pressa, agressividade e um sentimento intenso de que algo precisa ser buscado. 

Sejam merecidas férias, comprar o máximo de produtos, presentes para demonstrar afeto e cumprir as obrigações sociais, afinal, ser bem sucedido socialmente é gastar, gastar e gastar para se ter o máximo e ostentar o máximo também, como se a felicidade exterior e as rígidas agendas de compromissos fossem suficientes para preencher o imenso vazio interior que habita o “coração” do ser humano das grandes cidades.

Não que todos sejam superficiais e infelizes e que usufruir do dinheiro ganho com trabalho seja um problema, nada disso. O Eclesiastes mesmo nos convida a gozar a vida com o fruto do nosso trabalho, bem antes do surgimento das "religiões"...

Neste último Melodia Universal de 2011 falo do Natal e do final de ano, como não poderia deixar de ser, mas sem as ênfases religiosas, visto que não acredito nelas, mas faço questão de respeitar cada pessoa que opte por qualquer uma que seja.


Por outro lado, existe a espiritualidade integral do ser humano que não o separa do meio que ele vive, não o engessa em datas convencionadas e nem faz do ritual algo maior do que aquilo que é ritualizável. Pode ser vivida em todos os nossos atos e não somente em um local específico.

No programa, canções de Roupa Nova, João Gilberto, George Harrison, dentre outras que você confere clicando no link ao final do post.

Penso que é mais do que chegado o tempo do Natal ser vivido com uma época de amor e solidariedade e não como uma avalanche consumista escorada em cima de uma data equivocada, visto que não há evidência de Jesus ter nascido nesta época do ano. Para fazermos o que Ele nos pediu não há necessidade de carregar bandeira nenhuma, apenas sermos sinceros conosco, com as pessoas e pautarmos nossas atitudes pelo Amor.

                                   tentando enxergar além das aparências                                                                                                                                          

Parece simples...e pode ser mesmo, embora simples não signifique, aqui, fácil !

Feliz Natal e ótimo 2012 a todos que tiveram a curiosidade, o carinho e a intenção de me acompanhar até aqui. A todos aqueles que marcam suas posições, o meu máximo respeito e o meu mais humilde e reverente MUITO OBRIGADO !

Nos vemos em 2012... 



terça-feira, 15 de novembro de 2011

MU #9 - Muros & Escravidão



Esta edição do Melodia Universal traz um velho tema com uma ótica um pouco diferente.   

Sem pretender definir, atacar ou rotular, trago, ilustrado por belas canções, abordagens que debatem o assunto da Igreja, seja ela de que denominação for.


As igrejas são mesmo uma vocação espiritual ou uma criação humana ? Elas servem à liberdade ou à escravidão ? Por que Jesus disse que construiria um Novo Templo em 3 dias ? Este Templo é material, deve ser erguido fisicamente, é o centro da espiritualidade ?


O Melodia Universal traz depoimentos e participações de Vitor Furlan, um grande amigo particular e um  estudioso das Escrituras Sagradas, uma pessoa que, através de compreensões bastante reveladoras,  desnuda temas delicados permitindo que cada pessoa desenvolva seu raciocínio sobre os assuntos, escapando das definições convencionais e encontrando a forma individual se de entender coisas importantes. Penso que uma pessoa bem esclarecida sobre temas pertinentes a espiritualidade tende a se afastar de igrejas e religiões, tais quais foram elas sedimentadas por anos e anos de culpas, obrigações, pecados, dogmas e rituais, basicamente criados pelos Homem, para puni-lo ou controlá-lo.


Serão a igreja & a religião as melhores maneiras de se desenvolver a espiritualidade do ser humano ?



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

MELODIA UNIVERSAL MEMÓRIA - DICK FARNEY PARTE II

A segunda, e última parte deste primeiro Melodia Universal Memória, continua falando sobre Dick Farney.

Através de suas músicas e depoimentos históricos, concluimos esta homenagem emocional a um dos maiores nomes da arte brasileira.

Comentários podem ser feitos por aqui, ou através do e-mail : melodiauniversal@gmail.com.

O programa pode ser ouvido diretamente no site www.vertical.art.br ou pelo link abaixo, que pode ser também utilizado para quem deseja baixar o programa e ouvir da maneira que for mais conveniente.

Aproveito para agradecer a todas as manifestações positivas a respeito do programa.




quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MELODIA UNIVERSAL MEMÓRIA DICK FARNEY - PARTE 1

A primeira edição do Melodia Universal Memória traz um programa, em duas partes, com o cantor e músico Dick Farney, um dos mais importantes e influentes artistas da música brasileira.

Neste programa, além da espetacular criação musical de Dick, em todas as fases de sua carreira, procurei por depoimentos fundamentais do próprio artista e de seus contemporâneos para ilustrar o valor histórico de sua obra. Entre eles estão Lúcio Alves, Billy Blanco e o médico cardiologista Josias Cavalcanti, que trabalhou na Rádio Clube de Recife, nos anos 1950 e nos fala sobre seu encontro e admiração pelo cantor.



O intuito desta série de programas especiais é atualizar a memória das pessoas para nomes importantes da história musical brasileira.

Uma frase do pensador jamaicano Marcus Garvey diz que “um povo que não conhece sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raiz”. 

Muitos  as conhecem e tem a possibilidade de optar por aquilo que gostam ou não, mas a maioria acaba caindo no “gosto comum” pois não tem a possibilidade legítima de escolha. A única possibilidade de escolha legítima é através do conhecimento, da cultura e da educação, porém o desinteresse crônico dos governos, aliado à sanha consumista e massificadora dos meios de comunicação não contribuem para o crescimento desta possibilidade de escolha.

A internet pode fazer este papel. A paixão e amor, incondicionais, pela boa música, aquela capaz de instruir e emocionar, também. É aqui que me encaixo.

Um bom programa a todos e até a próxima semana, com a segunda parte, se o justo Deus assim o permitir.





quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MU - 8.11 - O REINO INTERIOR (PROGRAMA DE RETORNO)


 

O objetivo deste programa é olhar além das aparências, é pensar além das normas, é oferecer ângulos de visão sobre a vida e o ser humano que tem sido pouco aproveitados pelas vias de entretenimento habitual, muito concentrados em reproduzir sinais de um mundo cada vez mais superficial, às vezes, falso e, muitas vezes, desprovido de qualidades e significados.

Sempre com a ótica do amor pela música, visitando a obra de compositores de todos os tempos que buscaram oferecer ao seu público, arte de qualidade e uma mensagem marcante para, talvez, ajudar a entender os segredos que estão sempre se revelando pela intuição do Universo.

A edição de retorno do Melodia Universal traz músicas que empreendem uma viagem interior aos sentimentos e valores humanos e que se reflete nos comportamentos e atitudes à nossa volta.

O máximo do sentimento, o amor, que pode ser entendido no âmbito das relações entre pessoas ou na relação do Homem com seu Criador, na visão interior de Stevie Wonder e na intensa e serena busca espiritual de George Harrison, nesta edição, lembrado com dois magníficos momentos de sua obra.

A mensagem de fraternidade universal de Roberto & Erasmo, transmitida para diversos países do mundo, diretamente de Jerusalém, numa prévia do disco que será lançado apenas no final do ano você ouve, em primeira mão, no Melodia Universal, junto com outras, sempre surpreendentes, canções.
 
Você pode baixar o programa e ouvir enquanto atualiza seu facebook, responde seus e-mails, passa horas no trânsito ou no prazer merecido do seu IPod ou player de música.

SET LIST

Another Star -  Stevie Wonder : de Songs In The Key Of Life, de 1976, versão original.

Pensamentos – Roberto Carlos : gravação extraida de arquivo AVI, com o show realizado em Jerusalém, em 07.09.2010. Por ser um áudio em mp3 e sem o processamento de pós-mixagem, não apresenta a mesma qualidade sonora de um CD convencional.

You – George Harrison : de Extra Texture, de 1975, álbum pouco conhecido e que ainda não foi remasterizado.

Beware Of Darkness - George Harrison, de All Things Must Pass, versão remasterizada de 2000.

Life Ain't Ever Been Better Than It Is Now – Lenny Kravitz : do álbum Black And White America, de 2011.


Link Para Baixar  -  http://tinyurl.com/3tlea4u

Ouvir no Grooveshark -   http://tinyurl.com/6cb68qa

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Show de Colin Hay, em São Paulo- 15.06.11




Quarta-feira, 15 de junho, São Paulo. A noite, fria, de outono, até que deu uma colaborada. Dava para circular na rua sem congelar. Antes, uma parada de aquecimento no Veloso, com o amigo Ale, depois mais um pouco do característico tráfego intolerável da cidade e algumas voltas pela sempre confusa Vila Olímpia...

Via Funchal, por volta de 20:00 estava cheia de espaços, mas de repente, não lotou, mas encheu.  Lá estava também o, não menos legendário amigo Maurício Nunes com o baterista do Aerosilva, Ricardo Salati, disfarçado de fotógrafo. O público de SP é frio, vai esquentando aos poucos...

O show não poderia ser melhor. Abriu com Dr Heckyl & Mr Jive, do álbum Cargo, do Men At Work. Do mesmo disco ainda foram: Overkill, No Sign Of Yesterday, It´s A Mistake e Blue For You (para meu deleite especial).

Desta vez o som estava limpo. A voz de Colin ainda soa maravilhosamente, trazendo tanto o timbre que muito ouvi na adolescência quanto o som maduro das fantásticas composições de sua carreira solo, cada vez mais criativa, competente e independente.

Colin trouxe os grandes sucessos do Men At Work, e algumas músicas menos conhecidas da banda, como No Restrictions, Underground e I Can See It In Your Eyes, que todo fã da banda sempre adora ouvir, fugindo do clichê básico de show apenas com hits.




A primeira da carreira solo foi I´ll Leave The Light On, de Transcendental Highways. Me impressiona muito a facilidade com que Colin toca acordes abertos (com cordas soltas) em digitações difíceis e soa tão claro e preciso; o som da guitarra, na maioria do show uma Gibson SG azul, com alavanca, ligada em um amplificador Fender Deluxe e em outro que não decifrei o nome, plugado numa caixa Marshall, estava espetacular.

Algumas músicas como Down By The Sea e No Sign Of Yesterday mostram o brilho característico da voz de Colin Hay, além de um ótimo tratamento de delays.

A tão aguardada, por mim, Are You Looking At Me ?, acabou não funcionando tanto porque as pessoas pareciam não conhecer a canção, que exige uma participação efetiva nas respostas do refrão. A interpretação, de tonalidade mais grave, acabou ficando meio sumida no instrumental da banda e, a esta altura, a falta de ânimo do público paulista, impressionou a vocalista Cecilia Noel, que pediu um pouco mais de energia e carinho. Logo mais ela seria atendida...

Do excelente álbum, recém-lançado, Gathering Mercury, um dos melhores de sua carreira, foram quatro músicas:  a emocional Send Somebody, a jazzista Family Man,  o espetacular reggae-pop Far From Home (magistralmente executado por toda a banda) e a faixa título, de conteúdo mais existencialista. 

Seria muito melhor se o disco fosse conhecido pelo público, muito mais interessado em explodir nos hits marcantes do Men At Work do que em entender as músicas novas, mas esta é uma consequência de ser um artista independente; não rola verba para pagar jabá para as rádios e as gravadoras, em geral administradas por quadrúpedes, não lançam os discos-solos de Colin por aqui há anos. “Problema” de quem não conhece...


Após uma demonstração inequívoca de babaquice, alguns cretinos se pegaram na platéia e, aproveitando da situação, colei no palco e pude assistir, bem de pertinho, um dos meus maiores ídolos em sua brilhante performance. Concentrado, mais para tímido do que para comunicativo, mas muito respeitoso com sua arte e com seu público. Ao seu lado, a ótima cantora Cecilia Noel, sua esposa peruana, arriscava um português para se comunicar com o público. Um único senão, seu microfone estava baixo e dificultava a compreensão do que dizia.

O grande climax da noite teve início com Who Can It Be Now ?, onde o tecladista e saxofonista Michael Ghegan conquistou o público com uma performance extrovertida e competente de um dos maiores clássicos da música pop, canção que, aliás, inspirou meu amigo Ale Paoli, que foi comigo ao show, a aprender a tocar sax.

Overkill, It´s A Mistake, Down Under e Be Good Johnny, encerraram bombasticamente a apresentação, num clima intenso e com alguns decibés a mais de som e energia

Um “tris”, com Waiting For My Real Life To Begin, Beautiful World e a apoteótica Into My Life, estrondoso sucesso da Colin Hay Band, do discoWayfaring Sons, de 1990, deram a palavra final de um show perfeito, repleto de algumas das mais importantes e inesquecíveis melodias do século XX, na voz de seu autor e intérprete. 

Ao final, ainda peguei uma das palhetas de Colin, artefato este, que nem preciso dizer, ficará guardado, não só num local muito seguro como no mais valioso local do meu baú sentimental.

Muito obrigado, Colin Hay, por sua música extraordinária. Certamente, o tipo de artista que eu gostaria de ter sido...

Mais informações sobre set list e fotos - http://tinyurl.com/44us6gm

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A ÚLTIMA NOTA DA MELODIA - THE FINAL CUT

Flyer promocional do evento


A última edição da temporada do Melodia Universal abre espaço para falar sobre o ensaio aberto – Sempre Nova, A Canção , de Silvana Stiévano, com a participação do guitarrista e compositor Aden Santos.

O espetáculo, apresentado de maneira informal traz uma safra de 9 canções, sendo a maioria delas inéditas.

No roteiro, músicas de Silvana, parcerias entre Silvana e Aden e canções especialmente selecionadas para integrar este novíssimo trabalho da cantora paulista.

O Melodia Universal mostra trechos de algumas músicas gravadas num ensaio e, em primeira mão, a inédita Morrer Por Amor, de Aden Santos, como um convite para a apresentação.

Também lembramos dos 30 anos da morte de Bob Marley, passamos sobre uma forma musical curiosa de se encarar os ensinamentos da Bíblia, em It Ain´t Necessarily So, na versão primorosa de Brian Wilson e fechamos a temporada com uma homenagem aos apreciadores do Melodia,  com uma canção de seu criador, Aden Santos.

Um programa memorável para fechar a temporada do Melodia Universal.

SET LIST

Get Up Stand Up –The Wailers
It Ain´t Necessarily So- Brian Wilson
Morrer Por Amor- Silvana Stiévano
Adoro Você- Aden Santos

LINK -          http://tinyurl.com/3mo6yht