Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro.
Um dos mais versáteis, talentosos e internacionais compositores brasileiros, dono de inconfundível pegada de Fender Rhodes, voz suave, pequena e doce. Existem várias maneiras de escrever sobre Marcos Valle. Poucas alcançarão a definição precisa !
Sua primeira fase, jovem de 21 anos, o primeiro disco, Samba Demais, de 1962. Vinha no rastro da bossa-nova, trazendo um frescor da brisa do mar, dos amores e sambas de verão. Encantando até aos já consagrados músicos e artistas que modelaram o gênero que hoje comemora seus 50 anos.
Obras-primas, como Eu Preciso Aprender a Ser Só, Samba de Verão, Gente, Os Grilos e Viola Enluarada foram criadas nos anos 1960, todas com o mais constante parceiro, o irmão Paulo Sérgio Valle.
Os anos setenta encontram Marcos Valle compondo trilhas para novelas e aprimorando sua música morando nos Estados Unidos, sempre perto das praias, lógico. Discos mais experimentais, como Vento-Sul, incorporam elementos de música pop que só viriam a explodir nos anos oitenta com os espetaculares álbuns Vontade de Rever Você, contendo parcerias com a banda Chicago e Estrelar, do mega hit de verão homônimo.
Uma pausa até que a Europa e o mundo descobrem sua música a partir de meados dos anos noventa. A partir do disco Nova Bossa Nova, seu estrondoso sucesso mundial o torna um dos mais respeitados músicos brasileiros, mesmo que no Brasil goze de prestígio popular modesto, fato este que não chega a ser nenhum espanto para nós, lamentavelmente.
Marcos também coleciona sucessos populares, como Tanta Solidão, gravada por Roberto Carlos e, principalmente Paixão Antiga, gigantesco sucesso de Tim Maia, nos anos oitenta.
A extrema qualidade dos seus discos, tanto em termos de pureza de timbres como em arranjos e performance de músicos, sempre me chamou a atenção.
Vale a pena conferir as belas orquestrações de Eumir Deodato, nos primeiros discos ou os irresistíveis arranjos “pop” dos anos oitenta, feitos pelos excelentes Robson Jorge & Lincoln Olivetti e seus músicos inovadores para o som da música brasileira naquele período.
A lamentar, apenas o fato de que boa parte dessa consciência de execução e criação de arranjos tenha “sumido” das mãos dos nossos músicos em detrimento, ou a uma técnica “apurada” porém pouco musical , ou as novas facilidades do “faça você mesmo”, gigantesco algoz da contemporaneidade musical.
Passeie pelos discos de Marcos Valle :
http://umquetenha.blogspot.com/search?q=Marcos+Valle
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