Pouquíssima parte da discografia de Tim Maia pode ser encontrada para comercialização.
A maior parte de sua obra se encontra fora de catálogo, por razões diversas: seus discos foram lançados por várias gravadoras, seus contratos, ora curtos ora interrompidos de maneira intempestiva, jamais permitiram boas relações entre Tim, “o maior criador de caso do meio artístico brasileiro” e as companhias.
Nos anos 1990, a Polygram, pelo selo Polydor chegou a lançar todo o catálogo disponível do cantor na extinta Série Colecionador, com capas simples e poucas informações sobre os discos, mas um processo do próprio Tim parece ter decretado vida curta aos relançamentos de sua obra, que não continham a sua aprovação, principalmente no que diz respeito aos “levados” que deveriam ser pagos a ele.
Na época, consegui comprar todos os discos que saíram e, com exceção do disco Nuvens, de 1982, tenho toda a obra fonográfica de Tim na minha coleção.
Este disco que coloco aqui é bem raro, de 1978 e traz Tim Maia cantando e tocando bateria e percussão todas as faixas; todo cantado num inglês malandro, cheio de maneirismos e suíngue, como o próprio Tim.
Para mim, um dos melhores discos dele, com canções excelentes, muito bem arranjadas e executadas por apenas três músicos da Banda Vitória Régia, além do próprio Tim : Paulinho Guitarra (guitarras), Reginaldo Francisco (Fender Rhodes, Hammond e teclados) e Carlos Simões (baixo).
Outro disco referencial de arranjo e produção de música pop brasileira é Tim Maia, de 1980. Os músicos são uma verdadeira constelação que envolve Robson Jorge & Lincoln Olivetti, Paulinho Braga (bateria) e Jamil Joanes (baixo), dentre outros.
Eu e Você, Você e Eu (Juntinhos), Não Vá, Tudo Vai Mudar e a baladaça Está Difícil Esquecer estão entre os clássicos deste álbum impecável. Receita de Tim Maia: metade “esquenta suvaco” e metade “mela-cueca”.
Complementando, além da consagrada biografia, escrita por Nelson Motta, existe um outro livro, meio lado B, escrito pelo cantor e amigo de trinta anos de Tim, o cantor Fábio, lançada também em 2007. Apesar de ser curta, 131 páginas, tem uma narrativa muito agradável e mostra a visão de alguém que esteve lado a lado em diversos momentos da louca vida de Maia – Até Parece Que Foi Sonho -. Está em catálogo em todas as livrarias.
Um comentário:
Thanks Very Nice Blog
Thanks a
Lot
Postar um comentário