quinta-feira, 19 de junho de 2008

DESORDEM E BARBÁRIE...




Tantas palavras e promessas vãs, jogadas fora todos os dias. Quantos anos (508 ?) de histórias de abuso, extermínio, dominação, subjugação e barbárie social ?

Anos e anos de falta de visão e observação coletiva. A cada dia que passa, o botão sinistro do “foda-se” é acionado incontáveis vezes; e não adianta mais apontar o dedo : é o quintal da nossa casa que está sujo, entulhado e repulsivamente cheio. Não dá para fugir das responsabilidades, pois nossas autoridades e representantes legais são o nosso reflexo. Fazem “por cima” o que fazemos no nosso dia-a-dia, vorazes amantes do dinheiro e do umbigo próprio que somos. Não há classe política, ou qualquer uma que seja, separada do contexto da sociedade, como um todo.

Não há traficante se não há usuário, não há corrupto se não há corruptor, e assim vai...

A arte brasileira morreu, a cultura e educação sucumbiram ainda jovens. A justiça, esta sempre esteve a serviço dos endinheirados, dos mandantes, do Estado devorador e dos “espertalhões”. Prendemos o ladrão de galinha e deixamos viver livres os criminosos de colarinho branco, cinza, marrom, preto...

Nosso futebol é medíocre, nossos “artistas” (ou “aquilo” que a mídia empurra a toda hora) são uma farsa. Alguns nem cantam de verdade, outros fingem que estão levando a sério uma carreira pobre e ególatra...outros descansam forçosamente na sombra do ostracismo e da falta de espaço, dinheiro e influências para se estabelecer (ou manter).

A realidade é cruel: somos roubados, enganados, assaltados, assassinados na cara dura e só nos resta contemplar, nos prepararmos para votar nas mesmas pessoas outras vez e continuar reclamando, pois é mais duro detectar que a falta de ética, caráter, respeito e educação jaz no quintal fétido da nossa casa.

Triste nação sem perspectiva. Salve-se quem puder, porém alegrai-nos e tenhamos bom ânimo, pois é neste "puteiro" que nossos filhos serão criados.

“Eu queria falar de alegria ao invés de tristeza mas não sou capaz...eu queria ser civilizado como os animais” ( Roberto e Erasmo, O Progresso, 1976)

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